(para Vinícius Bittencourt)
Aqui me encontro,
à sombra da estrela,
da estrela e da nuvem,
e ao pé deste monte.
A dor e a angústia
têm sempre as vozes
possíveis da morte,
fiel companheira.
Aqui me acho,
desfeito em pedaços,
perdidos no espaço,
de nuvem e poeira,
de nuvem e poeira...
De poeira a nuvem,
de nuvem, a estrela,
de estrela, a sombra
sobre a vida inteira.
Aqui me vejo,
restolho do sol
que não se achou
na noite esquecida.
Na noite esquecida,
e à borda do pranto,
do pranto e da dor,
da dor e da falha.
Aqui me fujo,
em vão me trabalha,
o sangue dos dias,
das horas, do tempo.
Na noite esquecida,
em vão me acho...
Pendura-se a vida,
- perdida no espaço -
perdida no espaço,
sobre o meu tormento.
Um comentário:
s2
amor a esse poema!
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