Com meu sangue soterrado,
soterrada toda a terra
e já se esquece.
Com meu sangue soterrado,
soterrada toda a terra
e já se esquece.
Avós e pais antigos,
com meus sangues, soterrados:
já se esquecem.
Preta, preta, toda a terra.
Preta em sangue.
E já se esquece.
Do que fica é o futuro,
que se adianta.
Mas já se esquece.
E em pretas formas
se estendem lentos lençóis
em tímido canto.
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