terça-feira, 17 de julho de 2012

A QUE MUNDO CHEGAREMOS AO SUL DE ANTARES

A que mundo chegaremos,
ao sul de Antares?

Sobre as águas, batem os remos
e os meus penares.

São de pedras as estrelas
destes lugares,

firmes, soltas, dizem sombra
aos céus e mares.

De que mundo fugiremos,
de que Martes?

Pois nas guerras desejemos
os acabares,

os acabares das muitas penas,
o fim das pazes,

como os sons que ouviremos
ao sul dos mares,

que abaixo das montanhas
se fazem lares,

dos meus peixes que se movem
como pares,

dos planetas com que valsam,
no sol dos ares.

Meus planetas como plantas
sobem em caules,

vão cortados das minhas sombras
dos meus pensares,

e dos pensares dos humanos
tão singulares,

vão queimados. Onde as copas,
onde as ramagens?

Meus planetas morrem plantas.
Os céus, sujastes...

Sem as sombras que teremos
ao sul de Antares,

a que mundo seguiremos
sem, Deus, estares?

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