O sal da neve em fogo convertido
se atreve
e escorre o sangue, seu sangue proibido
no estoque do olvido.
Morre
o peixe repartido em dois
amigos.
Nasce
o toque mais suave, e os
gemidos
nascem
sem alardes.
O sol tão leve em mar amanhecido
escorre o seu líquido
no sal do seu olvido.
Morre
o peixe em sangue proibido.
Se o sol reparte o fogo
em toda parte,
que o mar se aparte
e a neve e o seu olvido.
Cale-se os covardes
do aviso:
Morre
o peixe repartido.
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