A ANDAR,
eia! a aguar o caminho,
que vem o tempo atrás
da gente,
vem a gente da frente,
e não demora a chegar
a alvorada.
A andar,
que a marcha é grande
estradeira,
somos feitos de pó,
somos feitos de nuvem,
e a nuvem não chove,
de poeira.
A andar,
paratodos andar,
sobre a beira do mar,
sob o céu de surpresas.
A andar como loucos,
viva a voz na garganta,
e os pés na cabeça.
A andar, caminhante!
Não há sombra de errante
que não pense em voltar.
A andar!
A andar pela estrada!
-- Sobre os ossos dos mortos
pairam luas choradas.
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