Homem das pedras
ou o dos olhos enredados, sobre o mundo,
tua pele é um fardo,
desata o cansaço
e conta teus dias,
ao pé da alegria, ao pé das viagens.
É que entre o saco que leva nas costas,
o vulto que formas com a mão
e a ave pousada na tua cabeça, como um chapéu,
navega um coração.
Navega teu sono,
teu sangue carrega
a forma definitiva desta passagem
sobre a sombra agida,
ida e voltada sob a tua imagem.
E a ronda do pássaro ao sul das tuas costas
retoma o vazio do céu,
desde a montanha caída
do alto do mundo
como um chapéu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário