O obscuro poema
que cresce
da ponta dos
meus dedos
é o ovo plácido
de uma galinha
d'Angola,
é a memória
do morto
adivinhado
atrás da porta,
é o desenho
antigo
que a verdade
desaprova,
é o boi
e o esteio
que a campina
ignora:
palavra
de estorno
ponta
de corno
e chá
de losna.
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